Quem sou eu

Minha foto
São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
Obrigado pela visita!
Deixe seus comentários, e volte sempre!

"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

sábado, 4 de maio de 2024

Chocolate causa acne?

 

Se... Propensão, exagero ou estresse.

A acne é uma doença de pele que ocorre quando os folículos capilares ficam obstruídos com óleo e células mortas da pele, causando cravos ou espinhas.

Até agora, não há um consenso sobre a relação entre o consumo de chocolate e a acne. Afinal, o tipo, a sensibilidade e as condições do organismo e sua ingestão calórica ou a quantidade de gordura presente no doce podem dizer mais do que o próprio chocolate em si.

Assim, uma das causas da acne é a alimentação “desregulada”. O chocolate recebeu fama de vilão, mas outro alimento em excesso de carga calórica pode causar o mesmo dano, com exceção nos organismos que já possuem histórico de erupções associado a alguma substância do produto.

Enfim, a conclusão é a de que não há unanimidade. Há organismos propensos a ter acne associada aos flavonoides, um tipo de antioxidante presente no chocolate e que podem contribuir para o aumento da inflamação e, portanto, para o agravamento da acne. Já outras pessoas ingerem esse alimento pra depois gerar sentimento de culpa ou remorso, o que causa estresse, condição que comprovadamente aumenta as erupções cutâneas. E há organismos que terão acne do mesmo jeito com ou sem chocolate, bastando um metabolismo lento ou um acúmulo calórico.

Como lidar com o estresse e conhecer seus gatilhos?

O estresse se manifesta de várias formas, a depender da personalidade. Ele ativa e agrava áreas do corpo que já possuem algum problema ou transtorno mais leve. Por exemplo, você é uma das pessoas que têm problemas de coluna? Pois, diante do estresse, essa área do corpo á a que lhe enviará o aviso de que algo está errado.

Entende? Assim, a mesma coisa acontecerá com quem tem visão turva repentinamente, alterações na pele, no sistema digestivo ou adormecimento das mãos. O fato é que, quando uma pessoa está sob muito estresse, ela tende a ficar mais vulnerável. Nesse sentido, a pessoa tímida, por exemplo, bloqueará, a pessoa impulsiva será mais agressiva, o perfeccionista terá um sentimento de insatisfação vital porque nada corresponde ao que ele quer.

Assim, aprender sobre conteúdos motivacionais também é importante. Surgem dicas para enfrentar o ritmo acelerado da vida atual e lidar de forma favorável com situações de estresse, medo e frustração. Afinal, é importante ser capaz de prevenir e gerenciar esses estados ruins que inibem o bem-estar de forma saudável.

Então, aqui vão algumas dicas:

·       Adquira conhecimentos básicos sobre como você funciona como indivíduo, incluindo sua mente e seu organismo em geral. É necessário conhecer a si mesmo e ter a capacidade de dizer “isso é o que acontece comigo em situações estressantes”;

·       Tenha autoconhecimento, ou seja, saber quem eu sou e como sou: sou tímido, sensível, impulsivo, obsessivo, perfeccionista? Penso muito em tudo? Sou desconfiado, dependente da opinião dos outros ou inseguro? Os gatilhos... Fazer um pequeno diagnóstico de si mesmo é fundamental para entender quais são os fatores que geram estresse ou colocam alguém em alerta: podem ser pessoas, coisas, lembranças, momentos, circunstâncias... Quando você conhecer esses gatilhos, verá como sua personalidade se transforma diante do estresse;

·       Em nível psicológico, fazer a si mesmo as seguintes perguntas: tenho muita ansiedade, ataques de pânico ou tendência a ficar triste?

·       Levar uma vida o mais anti-inflamatória possível. Muitas pessoas vivem com muita incerteza e tensão e, portanto, em estado constante de inflamação. Nesse caso, a alimentação também desempenha um papel fundamental, já que há muitos alimentos que comprovadamente inflamam o organismo. “Sem ficar obcecado, a má alimentação deve ser a exceção e não a regra”;

·       Hoje em dia, dormimos muito mal devido ao uso de telas e preocupações. O hábito de dormir é fundamental para se viver em paz. Quando alguém dorme mal, a probabilidade de um colapso é muito alta. Durante o descanso, recompomos nossa mente, nosso organismo, nosso sistema imunológico e nosso hipocampo, que é a área de arquivo da memória;

·       Aplicar “rotas de fuga do estresse”: exercícios físicos regulares (purificam o corpo), educar a voz interior (essencial para me apoiar e não me afundar), selecionar cuidadosamente as pessoas que o cercam (porque conviver com pessoas que me colocam em modo de alerta e ativam o sistema nervoso simpático pode me ajudar a ser mais eficiente e eficaz no início, mas se eu continuar com isso ao longo do tempo, corro o grande risco de ficar doente).

Enfim, lidar com o estresse também implica pensar sobre qual é o meu significado e considerar o que quero alcançar nesta vida. Se ver em perspectiva, para onde se está indo, e trazer à tona o melhor que se tem dentro de si, porque quando conseguimos nos desconectar do modo de alerta e se conectar com o modo de relaxamento, recuperamos nosso corpo, nossa mente, nossas habilidades e nosso sistema imunológico para enfrentar os desafios que surgem no nosso dia a dia.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

ENEM dos Concursos... Prorrogado!

ENEM dos concursos: +2,1 milhões de candidatos. Estabilidade e salários que vão de R$ 4 mil a R$ 22,9 mil. Em disputa: 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal. 215 mil pessoas vão trabalhar na aplicação. São 3.665 locais de provas em 228 cidades do país.


O plano precisa estar pronto antes.

Falta planejamento para enfrentar tragédias.

Em todo o país, há uma dificuldade crônica do tomar ações preventivas para salvar vidas e atenuar os efeitos de desastres naturais.

Logo, a preocupação maior tem de ser com a dificuldade de prever o impacto de eventos climáticos extremos, não o despreparo. Em vez de lamentar os desastres e se vitimar dizendo que não havia como saber exatamente as áreas que seriam afetadas nem o impacto sobre a população, assumir os riscos e ter postura inteligente sobre como lidar com as forças da Natureza, sobretudo agora quando elas ficam mais frequentes e intensas decorrentes dos desequilíbrios climáticos provocados por nós. A suposta dificuldade de prever uma tragédia é motivo para adotar precauções maiores, não para o descaso e o despreparo.

Eis alguns sinais de planejamento:

1.     Retirar a população das áreas mais vulneráveis, como encostas e imediações de rios, e levá-la a locais seguros;

2.     Várzea não é local de moradia humana, mas tragédia anunciada. Lugares assim é certo que os volumes de chuva excepcionais transbordarão os rios, causando estragos, dificultando o escape de moradores e a ação da Defesa Civil para socorrer as vítimas. Aí a água costuma subir rapidamente, sem dar tempo para que se planeje uma rota de fuga de improviso;

3.     Conscientização dos moradores e ações de políticas públicas do Governo. Compreende-se que moradores resistam a deixar suas casas, por medo de saques ou por não ter para onde ir. Mas as autoridades precisam estar prontas a orientá-los e oferecer abrigos, pois permanecer em área suscetível a inundação significa correr risco de morte;

4.     Multiplicar sistemas de sirenes em encostas com alerta aos moradores quando a chuva atinge níveis perigosos;

5.     União, estados e municípios devem ter mapas de risco e protocolos prontos para situações de emergência.

Enfim, ações coordenadas são fundamentais não só para dar assistência às vítimas, mas também para promover a reconstrução das áreas atingidas. Os planos de contingência não podem ficar só no discurso. Tudo fica pior sem planejamento.

A (in)tolerância vem da crença.

 

Sabe por que apesar dos cortes gerais e da forte recessão, a popularidade do presidente argentino de ultradireita surpreende entre 47% e 51% de aprovação? Porque há a crença de que o país vai melhorar – isso explica tamanha tolerância. Isso também vale para Donald Trump (nos EUA) e o inelegível ainda não preso aqui no Brasil.

Ora, o que você acha que faz o povo tolerar fome, dor e tanto sofrimento? A crença de que as coisas um dia irão melhorar na vida eterna, no paraíso. A instrumentalização da fé na política tem essa pretensão e poder de captar a tolerância à desigualdade e manter o status quo da elite.

Nessa tese há outro ingrediente com poder de fermento. É a diligente mobilização digital, empresarial e logística – os flashmobs. As aglomerações ainda provocadas pelo inelegível em terminais aeroportuários e eventos que convoca têm um componente orgânico e grandes doses de arregimentação minuciosamente cuidada. Por trás disso, a pretensão de continuar driblando os inquéritos e/pela comoção popular visando a reabilitação eleitoral do inelegível.

As Eleições Municipais servem de vitrine para a Eleição Presidencial. A direita está cuidando para construir o seu maior padrinho eleitoral, isto é, quem tem mais poder de reunir mais apoiadores. Esse é foco canalizado pelo show luxuoso de Madona no Rio de Janeiro e desastre ambiental/social causado pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Afinal, há coisa mais impactante do que estocar sofrimento em uma ponta e liberar emoções na outra?

De volta ao centro da governabilidade a questão da comunicação.  A assessoria de Lula precisa produzir marketing político eficiente, jogando com forças psicanalíticas e o poder dos símbolos. A conexão com o eleitorado precisa ser tomada do Big Brother Brasil, da Copa Feminina de Futebol, da cobertura das catástrofes no Rio Grande do Sul e do show de uma encapuzada bruaca patrocinada pelo Itaú (sim, Madona). Comunicar politicamente é se conectar com o eleitorado e mostrar as realizações e os projetos de sua administração. É lapidar características que aumentam a aceitação de si no grupo e trabalhar pela própria campanha enquanto constrói a campanha dos companheiros, evitando prejuízos financeiros e desgaste de imagem.

Enfim, tanto em Bolsonaro quanto em Lula há uma percepção de que as coisas irão melhorar. A diferença é que em Lula elas realmente melhoram. Em Bolsonaro, não. O materialismo de Lula é uma coisa; o idealismo de Bolsonaro é outra. Ali você tem o poder; aqui, o poder que te tem.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Paul Auster

 Escrever é uma forma de me conectar com as coisas, as pessoas ao meu redor e com o mundo. 

Tudo o que não sou!

·       Literatura: arte que ensina a ver por trás de cada coisa uma outra, que só se vislumbra quando encarada do ângulo da ficção. As coisas têm uma vida dupla, no mundo e na nossa mente. Eis a raiz da solidão: o pensamento e a linguagem, que nos projetam para fora de nós mesmos, erguem ao mesmo tempo a barreira que nos isola do mundo e dos outros.

·       O que nos motiva verdadeiramente? O que nos leva a optar por um caminho em detrimento de outro? De que futuros abdicamos pelo simples fato de termos apenas uma vida para viver?

Nas mãos sem ética.

Elon Musk e Mark Zuckerberg são oportunistas desprovidos de ética. Pior do que um computador ser capaz de aprender por conta própria é estar sob poder de CEOs das big techs atuais que, entre outras tantas coisas, controlam ou decidem sobre esses próprios computadores e nós.

Se pensarmos bem, as redes sociais tal como pretende o Musk seria um novo jogo de videogame personalizado – os participantes poderiam brigar e atacar uns aos outros em contas pessoais verificadas. Tanto ele como o Zuckerberg despencaram para o lado pessimista do sistema ao explorar o valor agregado da futrica e da maledicência em suas redes, que teve origem e ganha fermento no bullying.

Está posta a mesa da ética, servida crua e fria. A IA pode vir a descobrir a cura para o câncer, mas, com esses moços no comando, as chances de acabarmos extintos por um PVP (Player Versus Player) movido a jogadores de carne e osso aumenta de forma considerável.

Ironia ingrata, pois essa gente cresceu, e cresce, fundada em valores democráticos que agora destroem. É como cuspir no prato onde comeu – a igualdade perante a lei, a proteção dos direitos individuais e a participação cívica.  O resultado dessas mãos desprovidas de ética se chama Trump, despontando nas pesquisas de intenção de voto, mesmo estando sentado no banco dos réus. Enquanto isso, outro homem negro é morto por asfixia numa batida policial.

O que está acontecendo com os nossos ideias de igualdade e liberdade? Que poder das redes fake’s é esse de cancelar os intelectuais descolonizadores e abolicionistas? O crime migrou para as redes e alimenta gabinetes de ódio e milícias antidemocráticas. A regulação será capaz de conter essa dolosa instrumentalização criminosa das redes? Ora, tudo isso é muito perigoso no Brasil, essa suposta terra cordial tão afeita a conchavos e a conflitos não declarados.

O controle que as redes sociais têm sobre as pessoas é preocupante. Oportunismo sem escrúpulos e falta de ética estão identificados nos donos de plataformas gigantescas que dominam a comunicação e a inteligência artificial no mundo. Então se faz urgente, antes que seja tarde, que os estados nacionais e as organizações internacionais disciplinem e fiscalizam esse ambiente pré-matrix. 

Enfim, vivemos tempos em que os fins justificam os meios. O coletivo otário cancela a ética através de consensos medíocres. Parece que nada mais importa desde que se esteja ganhando, a nova grande sacada do capitalismo imbecil. Herança nefasta da escravidão? A crítica, as reflexões, a consciência e a memória sobre a história poderão nos livrar deste presente escatológico, incutindo no público alguma semente de sanidade e empatia? 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

O sono da razão produz monstros?

 

“O fato de milhões de pessoas dividirem os mesmos vícios não torna esses vícios virtudes; o fato de compartilharem os mesmos erros não os transforma em verdades; e o fato de milhões de pessoas terem em comum as mesmas patologias mentais, não as converte em pessoas sãs” (Erich Fromm).

A razão sempre esteve em crise porque ela sequer sustenta a si própria. Ela produziu ciência e desenvolvimento tecnológico que, em vez de cumprir o papel de justificar a moral, a religião e o Estado, produziu a guerra e a própria volta ao pensamento obscurantista. Ou seja, a razão tem tido consequências trágicas. Mas, ruim com ela pior seria sem ela. Afinal, o que seria da humanidade se a razão dormisse ou delirasse?

Alguns acreditam que a verdade não pode ser apreendida pela razão. Outros, que a razão procura a verdade continuamente (céticos). Outros, ainda, pensam que encontraram a verdade (os dogmáticos). 

“A insanidade não se refere simplesmente ao fracasso de indivíduos específicos em sua adaptação à sociedade em que vivem. Mas que, em vez disso, a própria sociedade poderia se tornar tão patológica, tão desligada de um modo de vida normal, que induziria a uma alienação profunda e a uma forma de insanidade coletiva entre seus membros. Nas sociedades ocidentais modernas, onde a automação e o consumo em massa prevalecem sobre as necessidades humanas básicas, a insanidade pode não ser uma aberração, mas a norma” (Erich Fromm).

·       A razão permanece adormecida?

·       Refletir sobre o movimento da nossa mente entre o consciente e o inconsciente;

·       A contradição que nos habita e se manifesta na tensão entre a razão e os sentidos;

·       Tem se tornado enfática a presença de uma tendência de pensar e de agir, em que se manifesta com certo destaque o lado mais obscuro e sombrio da subjetividade da espécie humana;

·       Essa subjetividade é constituída por elementos diversos: caráter negativo, processos educativos, a família em qualquer de suas configurações, meio social numa sociedade capitalista como a nossa, agentes educativos poderosos como o Estado e o Mercado;

·       Enfim, busca pela verdade e combate à desinformação.

Crítica à Agrishow.

 

A Agrishow é a feira anual do agronegócio, o principal fórum de discussão do setor no Brasil. Suas questões transversais têm sido a conjuntura econômica internacional, políticas públicas de apoio, oportunidades de negócios, inovações tecnológicas e estratégias de marketing com rótulo de sustentabilidade.

Os empresários do agronegócio viram na política o melhor dos seus negócios para alavancar mercados, segurança jurídica, investimentos, negócios e lucros. Há tempos investem em organizações civis e campanhas políticas a candidatos dispostos a engrossar bancadas representativas no Congresso, eleitas visando pressionar o governo para atender seus interesses específicos.

Felizmente, a última investida do agronegócio não decolou com Bolsonaro, agora o setor que se partidarizou e a ele se vinculou o descarta – “figura deletéria”. Não só perdendo as eleições, mas tornando-se inelegível, o projeto reacionário, autoritário e frustrado da extrema direita reconhece seus podres: enquadra a política como uma batalha entre amigos e inimigos, promove rupturas institucionais mais drásticas do que reformas, fomenta a concentração do poder ao invés da descentralização, deseja a submissão das instituições ao invés de sua independência, venera o livre mercado e a rejeição ao intervencionismo estatal, e ainda por cima, por baixo e pelo meio flerta com um golpe de Estado.

Sua atuação política deseja seguir apoiada na Globo, alicerçada em sua pauta conservadora e liberal. Ninguém ignora que os agentes do setor são tradicionalmente conservadores, adversos à demarcação de terras indígenas e à reforma agrária, tendo o MST como principal inimigo.

Assim, agora o setor tenta se recompor apostando na própria autonomia para organizar-se e promover seus próprios interesses na arena política. Isto é, o agro deseja despartidarizar, não se despolitizar. De fato, a Frente Parlamentar Agropecuária é a mais ampla e possivelmente a mais poderosa no Congresso: são 324 deputados e 50 senadores de legendas e colorações ideológicas variadas.

Fica nítido agora que a principal estratégia empresarial e privada da Agrishow é embolar com o setor público do atual governo Lula.3 para dar-lhe um abraço de urso. A cadeia global de agropecuária é um setor notavelmente atendido por subsídios, e o agro depende do poder público para se manter competitivo. Inversamente, o Poder Público não depende tanto do agro, que em decorrência de sua política de exportações encarece a comida local e depreda recursos naturais.

Enfim, a Agrishow tentou ser reacionária e autoritária apostando num vândalo político para promover seus interesses, mas felizmente não decolou. Continua agora sendo o que sempre foi – conservadora e liberal. Seja como for, é amiga do mercado privado e da grande mídia, e nociva aos povos originários, ao MST e ao povo brasileiro.

Mercado de trabalho aquecido!

 

Só em Março/2024, foram criadas 244.315 vagas formais de trabalho ou +26% (com carteira assinada). Considerando o período de janeiro a março/2024, foram 719.033 novos empregos. Neste 1º trimestre, a taxa de desemprego ficou em 7,9% ou 8,6 milhões de brasileiros ainda buscando trabalho no país (a menor para o período desde 2014). Porém, no meio do caminho, uma pedra: a taxa básica de juros (Selic) ainda está em 10,75% ao ano. Aumentar seu ritmo de corte é o grande desafio da política fiscal inclusiva do Governo Lula.

A renda dos brasileiros subiu +1,5% na comparação trimestral e +4% na comparação anual. O rendimento médio é de R$ 3.123,00 por mês. 38 milhões de trabalhadores estão com emprego formal.

Mercado de trabalho aquecido é sinônimo de consumo favorável. Entretanto, o embate é na arena do Comitê de Política Monetária (Copom), onde ocorre a luta de controle da inflação. Logo, está bem clara uma das pautas prioritárias do jogo da direita – a credibilidade da política fiscal do Governo, jogando contra ela pela fome da inflação.

Enfim, qual será a trajetória dos juros nos EUA? As eleições municipais trarão bons resultados paras as metas fiscais do Governo Lula a longo prazo, isto é, para os próximos anos no país?